A incompreensão da vivência educativa nos tempos atuais é perceptivelmente alvo de grandes e opressores ataques que tentam em
suma coibir e levar o padrão de ensino nacional ao total declínio e
desmoralização. Não me refiro aqui a fatos que liguem ao atual
governo, mas tal observância cabe ao querido e prezado leitor,
porém, nos é necessária perfeita argumentação ante aos fatos
expressos especialmente na reportagem da revista VEJA.
O
fato de esta se chamar “Veja” não significa que a mesma observa
pontos primordiais a imparcialidade e perfeito alinhamento da luta
educativa dos últimos tempos, fazendo com que expusesse fatos que
não condizem jamais com a realidade e ofendendo a completude de uma
classe trabalhadora que auxilia na formação de toda a geração
futura de jovens e adultos.
As
ofensas não se limitam ao depreciar do fator trabalho, mas da
qualidade do exercício da profissão. Anos de estudo e dedicação
são resumidos a um título inescrupuloso, sem quaisquer fundamento
ou embasamento bibliográfico ou científico.
O
autor não se preocupa a expor fatos com caráter de um texto
jornalístico fidedigno, gerando revolta a todos os que prezam por
um ensino de qualidade.
Após
tal explanação se faz necessário que remetamos alguns lembretes ao
referido autor:
- Para que pudesse chegar onde está, foram disponibilizados a este senhor alguns, muitos professores para que tivesse sua carreira formada.
- O total desconhecimento científico da formação de um docente faz com que seu argumento torne-se nulo e eivado de teor político.
- Trazer a baila a qualidade das aulas dos profissionais da educação torna-se a maior desonestidade intelectual já observada em um veículo de comunicação nacional, haja visto que maus profissionais são encontrados em todos os cantos do país, até mesmo jornalistas.
- Há de se perceber total despreparo para argumentar sobre ganhos salariais de profissionais da educação que ainda após tamanhos esforços para tornarem o ensino não apenas quantitativo, mas qualitativo, ganham menos do que gastaram para que sua formação pudesse ser completada. Salienta-se que o senhor em questão também certamente teve gastos com sua formação.
- Tal qual nos apresentou Piaget (1967, p.312) “Neurônios não raciocinam”, daí obtemos o veredito final da formação intelectual deste pseudo-formador de opinião.
A
transformação da sociedade é essencialmente humanista, e
compõe-se de promover a formação de uma consciência crítica em
todas as classes do país, para que assim a mesma possa se libertar
da alienação e possa se emancipar econômica e socialmente. Porém
tal fato preocupa a alguns setores sociais que visam nada mais nada
menos que desconstruir a formação de um país igualitário e
moralmente estruturado.
O
único motivo explícito para argumentação do autor do texto da
revista Veja parece-nos clara e perfeitamente comprometida com a
crise política caracterizada por um cenário de total descontrole
governista. Tal tentativa de desmoralizar os que contribuem para a
formação do pensamento crítico só podem ser entendidos como plena
tentativa de retrocesso.
“O
grande problema é que a sociedade estabelece dicotomias, como
trabalho e fruição, produção e consumo, nas quais quem produz -
a classe trabalhadora – geralmente não usufrui da totalidade de
seu trabalho, enquanto que os maiores consumidores – os
capitalistas – usufruem do resultado do trabalho de outros. Para
superar a alienação, portanto, é necessário reintegrar esses dois
mundos, o espiritual e o material, das ideias e das coisas.” (José
Antônio Vasconcelos – Fundamentos filosóficos da educação,
p.97)
Entretanto nos resta
pensar, será que este senhor teve um aprendizado prazeroso em sua
formação para hoje se fazer de paladino da moral e bons costumes e
algoz dos que o proporcionaram chegar onde está? A melhor
compreensão para o fato é uma única questão: “O que torna um
indivíduo apto para sobreviver no meio social?”, e indo mais além
questiona-se, “Será que este senhor está apto ao convívio social
e capacitado ao posto que ocupa?”
Compreendamos...
“O
pensamento não se exprime na palavra, mas nela se realiza”
(Vigotski,
2001, p.409)
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